terça-feira, 2 de agosto de 2016

Resenha num Mar de rosas

Mar de Rosas

Autor: Nora Roberts
Editora:  Arqueiro
Onde Comprar: aqui - aqui - aqui

N° de páginas: 288
Nota:
Sinopse:"Emma Grant é a decoradora da Votos, empresa de organização de casamentos que fundou com suas três melhores amigas de infância – Mac, Parker e Laurel. Ela passa os dias cercada de flores, imersa em seu aroma, criando e montando arranjos e buquês. Criada em uma família tradicional e muito unida, Emma cresceu ouvindo a história de amor dos pais. Não é de espantar que tenha se tornado uma romântica inveterada, cultivando um sonho desde menina: dançar no jardim, sob a luz do luar, com seu verdadeiro amor. Os pais de Jack se separaram quando ele era garoto, e isso lhe causou um trauma muito profundo. Ele se tornou um homem bonito e popular entre as mulheres, porém incapaz de assumir um compromisso.Quando Emma e suas três amigas fundaram a Votos, foi Jack, o melhor amigo do irmão de Parker, quem cuidou de toda a reforma para transformar a propriedade no melhor espaço para casamentos do estado."

No volume dois do Quarteto de noivas da Nora Roberts temos a historia da Emma, uma das fundadoras da empresa de casamentos Votos, que é a florista do grupo, tida como a mais romantica das quatro amigas, neste livro vamos acompanhar o romance dela com Jack, melhor amigo do irmão da Parker (vamos saber mais dela e do seu par no ultimo livro da serie), temos uma história além de amor, também de amizade e família.

Era o livro do quarteto que eu mais estava aguardando, pois desde o "Álbum de casamento" me identifiquei com a personagem Emmaline. Em "Mar de rosas" somos transportados para a história de amor de Emma com Jack. Emma é descrita como uma personagem romântica que sonha com um amor que dure para sempre, como o dos seus pais, além disso é uma pessoa naturalmente gentil e apaixonada pelo seu trabalho como a florista da empresa, ornamentando os casamentos e planejando a decoração, além de tudo isso que me conquistou logo de cara, ela é uma personagem de atitude, não é o tipo romântica boba, ela tem noção de tudo até da sua própria beleza e dos efeitos dela. Jack já é uma pessoa prática, até colocado com uma certa fobia de relacionamentos, principalmente por causa do divórcio dos seus pais quando criança, mas apesar da aversão por relacionamentos ele não é aquele mulherengo estereotipado. Só que a química e a atração dos dois é inegável, tornando um romance palpável,e a vontade dos dois de mesmo se querendo muito fazendo de tudo para não estragar a amizade antiga dos dois. 

Além disso,é uma delicia ler sobre a amizade das quatro, Nora escreve personagens que simplesmente ficamos apaixonados e conseguimos simpatizar pela verossimilhança da personalidade e da atitude dos personagens, com suas qualidades e defeitos.

Claro que o melhor é que temos noção de outros relacionamentos paralelos ao deles como o da Mackensie e do Carter, com a preparação do casamento deles. Ou até a aparição do par da Parker no futuro. O modo de criação de personagem da Nora é delicioso. E o meu apego a Emma é por achar que somos tão parecidas e não consegui sentir as atitudes dela como artificial, então sendo assim uma personagem leve, porém bem construída. Aconselho para todos que amam romances com finais felizes! Leiam também a resenha do "Álbum de casamento".

domingo, 31 de julho de 2016

Resenha de um Álbum de casamento

Álbum de Casamento


Autor: Nora Roberts
Editora: Arqueiro
Onde Comprar: aqui - aqui - aqui
N° de páginas: 279
Nota: 
Sinopse:"Quando crianças, as amigas Parker, Emma, Laurel e Mac adoravam fazer casamentos de mentirinha no jardim. E elas pensavam em todos os detalhes. Depois de anos dessa brincadeira, não é de surpreender que tenham fundado a Votos, uma empresa de organização de casamentos bem-sucedida. Mas, apesar de planejar e tornar real o dia perfeito para tantos casais, nenhuma delas teve no amor a mesma sorte que tem nos negócios. Até agora. Com várias capas de revistas de noivas no currículo, a fotógrafa Mac é especialista em captar os momentos de pura felicidade, mesmo que nunca os tenha experimentado em sua vida. Por causa da separação dos pais e de seu difícil relacionamento com eles, Mac não leva muita fé no amor. Por isso não entende o frio na barriga que sente ao reencontrar Carter Maguire, um colega de escola com o qual nunca falara direito. Carter definitivamente não é o seu tipo. Professor de inglês apaixonado pelo que faz, ele cita Shakespeare e usa paletó de tweed. Por causa de uma antiga quedinha por Mac, fica atrapalhado na frente dela, sem saber bem como agir e o que falar. E mesmo assim ela não consegue resistir ao seu charme. Agora Carter está disposto a ganhar o coração de Mac e convencê-la de que ela é capaz de criar suas próprias lembranças felizes."

Adoro quando escolho o livro certo para conhecer um autor (que tenha mais de dois livros escritos), é assim que começo o meu pequeno percurso (mas não menos delicioso) pelo primeiro livro da série Quarteto de noivas da, já bem conhecida, Nora Roberts. Apostei nessa série para ter algo da autora na minha estante. O que posso dizer? Fiquei maravilhada com a forma que a Nora conduz uma história tão singela sem fortes emoções ou reviravoltas, ou melhor sem exageros ou cenas forçadas, e deliciosamente divertida. A forma que a autora compõem cada personagem dando-os personalidades distintas, inconfundíveis e apaixonantes.

O primeiro livro dessa quatrilogia que foca em quatro melhores amigas que possuem uma empresa de organização de casamentos, vem nós apresentar Mackensie Elliot uma fotógrafa apaixonada pela própria profissão, com seus costumes e limitações. e somos apresentados a Carter, um professor de literatura, fofo, tímido e centrado que não desisti da garota por qual sempre foi apaixonado quando tem chance de tê-la para sempre. E assim vamos acompanhando o desenlace desse casal, vemos uma Mackensie que precisa vencer algumas barreiras internas e um Carter disposto a ajuda-la e entende-la em qualquer momento, eles são aquele tipo de casal possível de existir no mundo, que se apoiam em momentos difíceis e que não deixam se abalar por besteira.

Um dos pontos mais altos da narrativa foi um pequeno conflito que ocorreu já para o fim do romance, o desenlace dele fluiu de forma tão natural que não teve como não amar isso e concordar com o que está escrito, enfim, me apaixonei pela escrita da Nora Roberts, livro devorado em um único dia, indico para todos que gostam de romances palpáveis sem um dramalhão, mas aqueles que curtem um romancezinho que aquece o coração.

Beijos,
Mandy

sábado, 30 de julho de 2016

Resenha de uma sereia

A sereia


Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte (selo jovem da Cia das letras)
Onde Comprar: aqui - aqui - aqui
N° de páginas: 328
Nota: 
Sinopse:"Anos atrás, Kahlen foi salva de um naufrágio pela própria Água. Para pagar sua dívida, a garota se tornou uma sereia e, durante cem anos, precisa usar sua voz para atrair as pessoas para se afogarem no mar. Kahlen está decidida a cumprir sua sentença à risca, até que ela conhece Akinli. Lindo, carinhoso e gentil, o garoto é tudo o que Kahlen sempre sonhou. Apesar de não poderem conversar pois a voz da sereia é fatal , logo surge uma conexão intensa entre os dois. É contra as regras se apaixonar por um humano, e se a Água descobrir, Kahlen será obrigada a abandonar Akinli para sempre. Mas pela primeira vez em muitos anos de obediência, ela está determinada a seguir seu coração."

"A Sereia" da escritora Kiera Cass, traz em si o mito das sereias, que conhecemos por conta da mitologia grega, em forma de belas mulheres que enfeitiçam com a voz os homens para leva-los para o mar, aqui no Brasil temos nossa representação do mito, além de que quase toda criança já assistiu, ou ouviu falar, a Pequena sereia. Aqui Kiera não radicaliza com a forma original do mito, mas de forma própria se apropria e o recria. Apresenta-nos a uma irmandade de garotas, acolhidas pela Água, uma entidade que cuida e recruta as meninas e pela qual elas matam. A personagem principal é Kahlen, uma sereia de 80 anos, faltando 20 anos para a sua liberdade, se vê apaixonada por um humano.

Kahlen é obediente a Água, devota a suas irmãs e sofre por cada naufrágio que provoca, ela é colocado como cheia de virtudes.Como ela e suas irmãs vivem em terra durante a maior parte do tempo, mudando-se de vez em quando, pois como não envelhecem os outros podem perceber a falta de mudanças delas, além disso elas não podem falar com humanos, só entre elas e com a Água. Kahlen gosta de ir na biblioteca da universidade da cidade que elas moram e lá conhece Akinli, eles se apaixonam perdidamente, e começa os problemas de Kahlen.

Minha sincera opinião sobre esse livro é a mais simples: não gostei. Gosto da Kiera pela série da Seleção (que preciso ate finalizar), quando ganhei esse livro fiquei mega ansiosa pra ler, acho que comecei a le-lo no dia seguinte, não nego que a autora sabe como fazer uma narrativa fluida e dinâmica, mas o enredo, os personagens, nem sequer a construção do mito das sereias feito por ela é forte o bastante. Eu sei que é o primeiro romance dela, mas pelas minhas pesquisas antes dela lança-lo, ela deu uma reescrita, mas senti uma grande falta de profundidade por meio de personagens que poderiam ser mais bem explorador, seus traumas, pesares e etc.

A melhor e mais "bem desenvolvida" personagem foi a Água, a entidade que convoca as meninas e cuida delas, ela transmite uma preocupação quase materna, mas sem perder a sua natureza que é de entidade que se alimenta da morte de humanos por naufrágios e que é necessária. Consegui até sentir uma certa empatia por ela, mas de resto fiquei decepcionada. Enfim, sei que irão existir pessoas que gostaram desse livros, todavia não fui uma dessas.

Beijos,
Mandy

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Resenha de Fangirl

Fangirl


Autor: Rainbow Rowell
Editora: Novo Século
Onde Comprar: aqui - aqui - aqui

N° de páginas: 424
Nota: 
Sinopse:"Cath é fã da série de livros Simon Snow. Ok. Todo mundo é fã de Simon Snow, mas para Cath, ser fã é sua vida – e ela é realmente boa nisso. Vive lendo e relendo a série; está sempre antenada aos fóruns; escreve uma fanfic de sucesso; e até se veste igual aos personagens na estreia de cada filme. Diferente de sua irmã gêmea, Wren, que ao crescer deixou o fandom de lado, Cath simplesmente não consegue se desapegar. Ela não quer isso. Em sua fanfiction, um verdadeiro refúgio, Cath sempre sabe exatamente o que dizer, e pode escrever um romance muito mais intenso do que qualquer coisa que já experimentou na vida real. Mas agora que as duas estão indo para a faculdade, e Wren diz que não a quer como companheira de quarto, Cath se vê sozinha e completamente fora de sua zona de conforto. Uma nova realidade pode parecer assustadora para uma garota demasiadamente tímida. Mas ela terá de decidir se finalmente está preparada para abrir seu coração para novas pessoas e novas experiências. Será que Cath está pronta para começar a viver sua própria vida? Escrever suas próprias histórias?"

Esse é oficialmente o primeiro livro que li da escritora, já bem conhecida por Eleanor e Park. Meu primeiro contato com a escrita da Rainbow foi na antologia "Presente do meu grande amor" e a partir daquele momento estaria sempre encantada com tudo que a autora viria a me oferecer mais na frente.

Em Fangirl, ela apresenta a Cath, caloura na universidade, muito apega as coisas que conhece, tendo uma certa resistência a se adaptar a coisas novas, acima de tudo, Cath é a maior fã da série de livros do Simon Snow! Sendo uma das maiores escritoras de fanfiction dos livros, nas suas fanfics, ela encontra refugio e sempre sabe o que fazer. Agora Cath vai enfrentar a faculdade, ela e sua irmã gêmea Wren se mudam para o campus, só Wren decide que não quer mais dividir quarto com a Cath (com quem dividiu a vida inteira), isso obriga Cath a sair da sua zona de conforto.

A história é basicamente essa, mostra Cath uma jovem apaixonada pela série de livros do Simon Snow (que para mim muito se assemelhava a Harry Potter, só que depois consegui sentir as sutis diferenças) que é uma ótima escritora, na verdade. Antissocial acaba sendo jogada num mundo diferente, que é a universidade, tem de dividir o quarto com uma garota diferente, a Reagan, apesar de todos os pedidos para dividir quarto com a sua irmã gêmea que não quer isso. Com Reagan, vem Levi, grande amigo da mesma, um garoto fofo e com jeito cativante que aos poucos vai conquistando nossa protagonista, mostrando ser um ótimo companheiro e não se intimidando com o jeito arredio de Cath a conhecer novas pessoas. 

Os dramas de Cath são compreensíveis, achei meio exagerados, mas super condizentes com a personalidade que é apresentada ao longo do romance, achei meigo a preocupação de Cath com o pai e com a irmã, mesmo que Wren não merecesse por todas as atitudes que tem ao longo do livro. Além de tudo, Cath faz aula de escrita criativa, então vemos o nervosismo de ter seu trabalho avaliado por outras pessoas, quem gosta de escrever sabe como é esse tipo de sentimento e como é o frio na barriga, eu pelo menos vivo achando que nada do que eu escrevo fica bom (risos). Fiquei apaixonada pelas citações do Simon Snow e das fanfics escritas pela Cath. Enfim, indico esse romance para todos, pois ele é muito amorzinho! Os amantes de fanfics vão super se identificar com o sentimento da Cath em relação aos livros do Simon Snow, os fãs de Harry Potter entendem esse amor!

Obs.: A linda da Rainbow escreveu o livro do Simon ! Vomitei mil arco-íris quando soube disso, Carry On chega ao Brasil esse mês já, lançado pela editora Novo Século. Para os que não sabem "Carry On" é a fanfic mais conhecida da Cath que traz a historia do maior shipp (casal que as pessoas torcem que fiquem juntos sejam fictícios ou reais) da saga do Simon Snow. Quem tá morrendo de ansiedade aqui? Isso mesmo: EU!

Beijos,
Mandy

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Resenha faça boa Arte

Erros Fantásticos


Autor: Neil Gaiman
Editora: Intrínseca
Onde Comprar: aqui - aqui - aqui

N° de páginas: 80
Nota:
Sinopse: "Façam boa arte. Esse foi um pedido sincero de ninguém menos que Neil Gaiman quando discursou para a turma de 2012 da University of the Arts na Filadélfia. Um discurso autêntico e repleto de significado – durante os 19 minutos em que falou, dois dos mais emblemáticos conselhos de Gaiman foram “criem suas próprias regras” e “cometam erros”. Os conceitos libertadores defendidos para os alunos deram origem ao livro. Gaiman teve a colaboração crucial do renomado designer gráfico Chip Kidd. A dupla abusa dos recursos gráficos e da metalinguagem para expressar o poder da criatividade. Gaiman alega que em qualquer área artística e de criação mesmo os erros que cometemos têm um grande potencial: com sensibilidade e muito trabalho, podem se transformar em brilhantes insights. Em relato pessoal, ele explica que certa vez, escrevendo Caroline em uma carta, inverteu de lugar o A e o O, e logo percebeu que Coraline parecia um nome de verdade. Um erro banal que, nas mãos do autor, tornou-se um fantástico acerto. Coraline é o título de um conto de fadas às avessas, publicado por Gaiman em 2002 e, mais tarde, adaptado para os cinemas. Uma história que conquistou milhares de novos admiradores para o trabalho do já aclamado autor."

Esse livro é diferente dos que eu normalmente trago aqui, primeiro ele não é um romance, nem conto, nem livro de poesia, ele é um discurso, mais precisamente o discurso "Faça boa arte" que Gaiman fez para os formandos na University of the Arts na Filadélfia em 2012.

Achei necessário trazer esse livro aqui pra falarmos dele. Neil Gaiman é um escritor mega conhecido por seu trabalho em diversas áreas da escrita, seja livros para adultos, crianças até roteiro de quadrinho, possuidor de várias obras conhecidas e renomadas, como o quadrinho Sandman, os livros Coraline ( com resenha aqui no blog ), Stardust, Deuses americanos, entre muitos outros.Vimos que o cara é foda,né? 

Por conta de ser essa pessoa muito criativa foi convidado a discursar para os formandos de 2012 e deu um show por 19 minutos falando para futuros artistas sobre criatividade, confiança e de como é bom cometer erros, romper barreiras e fazer "boa arte" apesar dos percursos difíceis da vida. Esse é um livrinho fino e que merece se tornar o seu livro de cabeceira, valendo a pena sempre dar uma lida nele. Achei muito inspirador e bonito o livro como um todo. 

Esse discurso virou livro graças a idealização do renomado designer gráfico Chip Kidd fazendo um trabalho visualmente lindo e impactante desse forte discurso para aqueles que amam fazer arte, através de qualquer coisa. Basta ter coragem de fazer. Minha indicação é para todos que estão precisando daquela injeção de ânimo para seguir em frente com seus projeto, por mais complicados que pareçam e independente das pessoas que apareçam para coloca-lo para baixo, lembrem-se: Fazem Boa Arte.

"Cometam 
interessantes, 
impressionantes, 
gloriosos, 
fantásticos 
erros. 
Quebrem regras. 
Deixem o mundo mais 
interessante 
por estarem nele."

Beijos,
Mandy