Ela, uma jovem de alma velha,
gosta de ficar sozinha, ouvir Carla Bruni - e não saber francês. Tem o costume de pensar demais, de querer ser
livre, mas ser sempre presa, de ser tímida. De cantarolar na rua, de ser
engraçada só com quem conhece.
Ele, mais velho que ela, escritor
de terror, pé no chão, amante de filmes, gostava de estar onde estava.
Viajante, mas sempre voltava para o lugar de onde veio.
Ela tinha literatura gravada pelo
corpo. Ele, não. O que eles tinham de parecidos? Uma única coisa: O amor à
escrita e leitura. Foi assim que se conheceram. Ficaram amigos. Cada um em seu canto.
Como uma historia comum de
relacionamento, não houve amor a primeira vista. Nenhum dos dois confessaram
nada. Ele escrevia. Ela lia e criticava. Assuntos mais diversos não era o que
faltava entre os dois.
Ela quase desistiu dele, ai ele
notou ela. Sorriso à parte. Eram dois tímidos. Ela se mantinha no chão. Ele foi
até a lua, com uma cordinha amarrada na cintura para ela lhe puxar. Pensaram se
deviam continuar...
Ela abriu mão da razão e disse
" deixa rolar", estava apaixonada. Ela começou a escrever, ele,
le-la. Ela saiu do chão, ele ficou no mesmo nível que ela. Descobriram que não
viviam um amor literário. Suas brigas não eram catastróficas, porém suas reconciliações
tinham um quê de clímax. Pelo menos,
eles sabiam... Sabiam que aquela historia era maior que 400 paginas de um
romance comum.
Era um romance de duas pessoas
literárias.
Amanda Luiza
Que linda crônica. Ficou bem escrita, falta aquela correção que te falei, mas está muito muito boa. Lembra de juntar todas e lançar o livro e fechar parceria com a a gente viu?! Beijos Cabeçuda =D
ResponderExcluirAcessem: www.amantesporlivrosefilmes.blogspot.com.br